Tudo começou com a rapaguaça (Parte III)

Mais um capítulo da novela da rapaguaça...

O sapo barbudo apaixonou-se pela galeguinha assim que a viu. Falava pouco, sorria o tempo todo, parecia concordar com tudo o que ele dizia (mesmo quando nem elle sabia o que estava dizendo...). Mas nosso protagonista teria que usar de toda a sua lábia comprida para conquistá-la. Pregou uma mentira: disse que havia mudado a lei, que ela teria que deixar o carnê para renovar, etc... E pediu seu telefone para "entrar em contato". A viúva alegre caiu que nem uma bobinha. A partir desse dia, seu telefone não mais parou de tocar. Do outro lado da linha, coaxos e mais coaxos.

Tanto insistiu o batráquio que marcaram um encontro para comer frango com polenta num restaurante de São Bernardo. Na ocasião, sua cantada não colou. Ainda era um aprendiz na arte das metáforas futebolísticas e, entre um chopinho e outro soltou a pérola: "ahhh loirinha linda, estou na linha do pênalti. Quero gritar... é goool". Levou uma bofetada!

Mas (abusando dos chavões) água mole em pedra dura tanto bate até que fura... descobriu que a mãe da casta (?) viuvinha adorava tomar um aperitivo no final do dia e assim, conquistou a sogra. O resto é história. Casaram-se e, como bom cabra-da peste que era, "a galega engravidou logo no primeiro dia (de lua de mel), porque pernambucano não deixa por menos". Assim, nove meses e um dia depois, nascia o primeiro molusquinho que mais tarde seria conhecido por ser "fera" em jogos eletrônicos (mas esta é outra história).

Pai de família orgulhoso, agora presidente de sindicato, nada poderia abalar seu céu de brigadeiro (sera???)

Nos próximos capítulos:

- Os 31 dias de comida, sobra e água fresca
- O mito cresce. A velha esquerda e os intelectuais em ação.
- De batráquio a apedeuta.